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Profissionais que atendem migrantes e refugiados indígenas discutem o combate às violências de gênero
O Governo da Paraíba, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), em parceria com a Secretaria da Mulher e Diversidade Humana (Semdh), realizou, nesta quinta-feira, (9), no auditório do Espaço Cultural, oficina de formação dos profissionais da rede e dos serviços para o atendimento e combate às violências de gênero entre migrantes e refugiados da etnia Warao.
O evento contou com participação de técnicos do Centro Estadual de Referência do Migrante e Refugiado (Cermir), técnicos da proteção social básica e de média complexidade da Secretaria Municipal de Assistência Social. E tem como objetivo, a articulação com a rede de serviços estratégias e fluxos, de maneira que possam melhor atender os casos de violência contra as mulheres entre os migrantes e refugiados.
Para o gerente Operacional de Promoção do Acesso à Cidadania, da Sedh, as questões de violência, preconceito e xenofobia, aliado às violências de gênero, também são causas e efeitos da vulnerabilidade social que permeia o cotidiano dos indígenas e devem ser debatidos de maneira corresponsável e coparticipativa por uma rede integrada, visando a autonomia e a garantia dos direitos humanos.
"É importante que a rede e os serviços estejam preparados para atendimentos especializados, etnicamente sensíveis e que construa saberes alicerçados nas escutas qualificadas, a fim de se criar ferramentas e metodologias que possam empoderar as mulheres indígenas, construir saberes coletivos protecionistas e não naturalizados acercas das violências, trabalhando igualmente os arcabouços jurídicos, os direitos e deveres do indígenas e que simultaneamente também possa provocar diálogos e mediações interculturais que envolvam aspectos da justiça comunitária”, frisou Eduardo.
Segundo a gerente Executiva de Direitos Humanos da Semdh, Sandra Regina Santos, “espaços de discussão como esses evidenciam o compromisso da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana com o enfrentamento às violências contra todas as mulheres e, no caso das mulheres migrantes, reforça uma série de esforços que vem sendo executados como a publicação do Decreto Nº 43.961, de agosto de 2023, que institui o Comitê Estadual de Atenção a População Apátrida, Refugiada e Migrante na Paraíba, além das ações apontadas na Plataforma Migracidades; aprimorando a Governança Migratória Local”, concluiu.
Indígenas Warao na Paraíba – No início de 2020, João Pessoa recebeu 19 famílias indígenas Warao, o equivalente a cerca de 80 pessoas. Desde então, o Governo na Paraíba desenvolve uma série de ações que fazem parte de um plano de ação emergencial de acolhida e abrigamento. Hoje são cerca de 400 venezuelanos indígenas da etnia Warao, em território paraibano, boa parte concentrada na grande João Pessoa.