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Seap-PB participa da formação de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz, no âmbito da Justiça Restaurativa promovida pela UFPB
Em uma iniciativa para fortalecer a cultura de paz e aprimorar a abordagem de conflitos no sistema penal, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, concluiu o curso de Formação de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz Menos Complexos. A capacitação, realizada de 6 a 8 de outubro no Centro de Educação (CE), capacitou discentes, docentes e, notavelmente, a equipe multidisciplinar da Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP-PB), vinculada à Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap-PB).
Círculos de Paz como estratégia de quebra do ciclo da violência
As Práticas Restaurativas, que oportunizam espaços estruturados de diálogo e escuta, são reconhecidas como ferramentas essenciais para o fortalecimento de vínculos, prevenção e resolução de conflitos. O Círculo de Construção de Paz, foco do curso e prática restaurativa mais difundida no Brasil, mostra-se uma estratégia eficaz para fomentar relações respeitosas.
O curso de 20 horas teve como objetivo principal promover a formação de facilitadores para aplicar essa metodologia em diversos contextos, incluindo o sistema de justiça e o ambiente penal.
Impacto direto nas políticas públicas penais
A participação da equipe da CIAP-PB foi crucial, refletindo o empenho da Seap-PB em integrar a Justiça Restaurativa em suas ações. Os profissionais destacaram o valor da formação para humanizar e atualizar o trabalho desenvolvido na Central.
Para o Coordenador da CIAP-PB, o policial penal Josinaldo Lucas, a formação é de grande importância, pois capacita os servidores a trabalhar numa modalidade bastante efetiva no âmbito da justiça restaurativa que colabora para a quebra do ciclo da violência.
O psicólogo Thiago de Souza ressaltou o aprendizado voltado à promoção da cultura de paz: "O curso proporcionou momentos de aprendizado e partilha de experiências voltados à promoção da cultura de paz, à valorização do diálogo e ao fortalecimento das práticas restaurativas no âmbito das políticas públicas penais".
Já a assistente social Nirleide Dantas avaliou a experiência como inspiradora. "O curso de facilitadores de círculos de construção de paz foi uma vivência muito bonita e potente, e proporcionou a conexão com o que tem de mais humano na roda da vida. Foi inspirador para pensar novas formas de atualizar o trabalho na CIAP", destacou.
Promovido pelo Grupo Temático Justiça Restaurativa, vinculado ao Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da UFPB, o curso reforça o papel da universidade como polo de irradiação de conhecimento e de apoio às políticas públicas voltadas para a paz e a cidadania.
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Ascom/Seap-PB