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Focco na Integridade: palestrantes apontam necessidade de descapitalizar o crime organizado
Os palestrantes do seminário ‘Focco na Integridade’, que abordou o tema ‘O combate à influência do crime organizado na administração pública e nas eleições’, foram unânimes em apontar que, para ser eficaz, esse combate precisa ser feito no campo financeiro, com mais celeridade, urgência e intensidade.
A necessidade de descapitalizar as organizações criminosas permeou as palestras de Ivana David, desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo; de Gaudêncio Jerônimo, gerente executivo de inteligência e delegado da Polícia Civil da Paraíba, e de Octávio Paulo Neto, promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
A Controladoria-Geral do Estado da Paraíba (CGE/PB) foi representada pelo secretário-chefe, Letácio Guedes.
Desidratação
“Tem que haver a desidratação das organizações criminosas. E a única forma de fazer isso é retirando o dinheiro deles”, pontuou Ivana David.
No eixo financeiro de São Paulo
A desembargadora, com 35 anos de magistratura, muitos deles dedicados ao combate ao crime organizado no Brasil, fez um destaque: “É preciso retirar esse olhar preconceituoso de que o faccionado é apenas o pobre da periferia, sem camisa, que anda com um fuzil. Os integrantes dessas organizações criminosas estão agora na Faria Lima” – a avenida em questão é um dos eixos financeiros e corporativos mais importantes de São Paulo, chamada de ‘Wall Street brasileira’.
Gaudêncio Jerônimo citou as operações realizadas pela PC para a captura de faccionados e citou que muitas ações têm êxito devido à cooperação entre as polícias estaduais, com a integração de informações investigativas.
O coordenador do Gaeco, Octávio Paulo Neto, destacou o combate à influência do crime organizado em eleições, que é uma realidade em todo o país. “Agentes públicos estão conversando com faccionados para tratar de votos”.
O seminário, realizado nesta terça-feira (9), no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, em João Pessoa, foi promovido pelo MPPB, Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco/PB), Associação Paraibana do Ministério Público (APMP) e Controladoria-Geral do Estado da Paraíba (CGE/PB).
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